Rui Barros

Servidor da Sefaz por 52 anos conta como foi a sua trajetória até a criação da Escola Fazendária

Rui Barros

Em 2017 a Escola Fazendária completou dez anos, com diversas conquistas para a capacitação e treinamento dos servidores da Secretaria de Fazenda. Servidor aposentado da Sefaz-RJ, Rui Barros, de 75 anos, ingressou na pasta aos 18 e desde então teve grande influência e participação na construção de um projeto pedagógico e educacional para o funcionalismo. Sua história se confunde com a história desta secretaria, da Efaz e do próprio Estado do Rio de Janeiro. Segundo Rui, o principal papel da Escola Fazendária é de “ preparar o servidor para desenvolver um melhor desempenho para a sociedade”.

Ele conta que quando ingressou na Sefaz, como operador conferente, ainda na sede da Rua da Alfândega, todo o ensino era ligado à Fesp (Fundação Escola de Serviço Público), uma escola geral de funcionalismo. “Era uma continuidade da escola do Dasp (Departamento Administrativo do Serviço Público), na época do Getulio Vargas. Depois, criaram a Fundação Getulio Vargas (FGV). Simões Lopes, que era diretor do Dasp e vice-presidente da FGV achava que os estados deveriam criar suas escolas de administração pública, mas aquela escola do treinamento do dia a dia. A FGV foi uma ideia dele para criar a educação para o setor público em Nível Superior. Isso tudo ali na década de 60”, conta.

Mais tarde, Rui se tornou aluno da FGV e, depois, professor na instituição. Também ministrou aulas de Finanças Públicas na Uerj em cursos promovidos pela Sefaz. Em 1982, surge a ideia de criar um movimento de treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários. “Eu tinha sido professor e instrutor de um programa do Ministério da Fazenda, então tinha vivido essa experiência. Em seguida, os professores Lino Martins da Silva e Alexandre da Cunha Ribeiro propuseram ao secretário de Fazenda da época a criação de um núcleo da Fazenda que fosse voltado ao aperfeiçoamento, o Núcleo de Estudos Fazendários (Nusef), que ocupava um andar da Uerj. Minha participação na época era dando aulas, já que ocupava o cargo de superintendente de Tesouro na Sefaz”, explica.

De acordo com Rui, em meados dos anos 2000, o Nusef se torna Nuseg (Núcleo de Estudos Governamentais), agora ligado ao Palácio, com outras propostas, distanciado da Sefaz. No ano da criação da Escola Fazendária, em 2007, Rui retorna à Fazenda como auditor fiscal e encontra o professor Alexandre, que na época era assessor do secretário Joaquim Levy. ar da Efaz, que já estava criada, sob a direção de Lúcia Figueiredo”, conta.

Em 2011, já sob a gestão de Valéria Resende, a Escola passa a ter mais competitividade e passa a interagir cientificamente. “ Começa uma revolução interna muito forte, de criar uma legislação própria para a Escola e a preparação para o seu projeto pedagógico. Os alunos começaram a produzir monografias e sugerimos também a criação de uma biblioteca, defendendo que a escola é transformadora, e não burocrática”, avalia. Rui se aposentou aos 70 anos em 2013, deixando seu legado na Secretaria de Fazenda e na Escola Fazendária, hoje dirigida por Cecilia Goia.

Criado em: 18/12/2017