Escola Fazendária sedia encontros SEPLAG sobre políticas pública

A Escola Fazendária sediou na sexta-feira (08/07) a primeira palestra do Ciclo de Encontros em Políticas Públicas e Território, organizado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG).

A Escola Fazendária sediou na sexta-feira (08/07) a primeira palestra do Ciclo de Encontros em Políticas Públicas e Território, organizado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG). O ciclo contempla quatro encontros e é voltado para servidores da carreira de Especialista em Políticas Públicas, Gestão Governamental, Planejamento e Orçamento.

Após serem recepcionados pela diretora da Escola Fazendária, Cecilia Goia, ainda na abertura do evento, o Secretário Francisco Caldas lembrou que “estamos atravessando a maior crise fiscal que o Estado do Rio de Janeiro já enfrentou e isso acaba fazendo com que a agenda de gestão seja engolida pela crise”. Caldas acrescentou que “temos bons formuladores de políticas públicas, mas poucos operadores”. Para ele, os gestores são profissionais que devem ser valorizados e convidou a todos para que voltem a discutir políticas públicas.

O Secretário observou que “Mauro Osório é o maior especialista em Estado do Rio de Janeiro” e lembrou que todos os palestrantes do ciclo aceitaram o convite movido pela importância do debate. Ele também destacou a iniciativa da assessora especial Haidine Barros Duarte, idealizadora do ciclo, que está no Estado desde o Governo Faria Lima, em 1976, formulando políticas públicas.

O primeiro encontro, sobre Política e Economia Fluminense, contou com a palestra do economista Mauro Osório, fundador do Instituto de Estudos sobre o Rio de Janeiro (IERJ), professor da UFRJ e, atualmente, presidente do Instituto Pereira Passos (IPP).

Mauro Osório apresentou várias estatísticas sobre o Estado, e explicou que o Rio de Janeiro perdeu participação no PIB nacional entre 1970 e 2013. Disse também que o Estado foi o que teve menor crescimento no número de empregos formais no período 1985-2014.

Ele afirmou que o Estado fluminense tem uma economia muito concentrada em petróleo e siderurgia e disse que o desafio é diversificar sua estrutura produtiva e que, apesar de a extração de petróleo e 50% da indústria naval estarem no Estado, a maior parte da indústria de petróleo continua em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. “Há um mar de oportunidades que outros Estados estão se beneficiando mais do que nós”, disse ele.

Sobre as potencialidades do Estado, além do petróleo e da siderurgia, ele listou a indústria farmacêutica, os portos, cultura, esporte, turismo e no caso do Noroeste, a agropecuária. “ Ampliar a reflexão sobre o Estado do Rio de Janeiro é fundamental e decisivo”, afirmou Mauro Osório.

O próximo encontro será com o diretor executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro, que versará sobre Dinâmica Metropolitana e a Gestão de Políticas Regionais.