Secretário de Fazenda defende dívida sustentável em audiência pública em Brasília

Leonardo Lobo participou de discussão em comissão da Câmara dos Deputados

Leonardo Lobo participou de discussão em comissão da Câmara dos Deputados

O secretário de Estado de Fazenda Leonardo Lobo participou, nesta terça-feira (04/06), de uma audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, em Brasília, que discutiu a dívida do Rio com a União. O encontro teve o objetivo de conhecer mais a fundo a situação financeira do estado e discutir caminhos que levem a uma solução definitiva do problema.

Ao apresentar um panorama histórico do passivo, apontando os motivos que levaram ao Rio a ter um déficit de R$ 192 bilhões, Lobo ressaltou a importância de se ter uma dívida sustentável: “Aquela em que a taxa de crescimento da receita é maior do que o aumento dos juros. E essa é uma das explicações pela qual alguns estados conseguiram reduzir as suas dívidas e outros, não”.

O secretário lembrou que o Rio adotou todas as medidas de ajuste propostas pela União para o ingresso e a permanência no Regime de Recuperação Fiscal. Mesmo assim, o estado não alcançou o equilíbrio fiscal, o que deixa clara a necessidade de buscar novas soluções. “Estamos absolutamente dispostos a essa negociação. Precisamos encontrar saídas diferentes daquelas que tivemos nas últimas duas décadas. Ter os estados em condição financeira ruim não é bom para a União”, afirmou.

Ainda segundo Leonardo Lobo, a mudança nos critérios de atualização da dívida traria a possibilidade de crescimento econômico do estado e do país: “Mais recursos poderiam ser destinados para investimentos. Se os estados do Sul e Sudeste crescem, necessariamente aumenta também a arrecadação da União e todos se beneficiam”.

Também estiveram na audiência pública o subsecretário do Tesouro Bruno Schettini, o deputado estadual Luiz Paulo e o presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) Carlos Eduardo Xavier.

Fonte: ASCOM / SEFAZ-RJ